sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

AT1 - 0T- O PAPEL DA INCLUSÃO DIGITAL NA GESTÃO ESCOLAR


   Vivemos em um cenário social que pede transformações de hábitos e modos de trabalho e aprendizagem, que incluem constantemente novos desafios e necessidades que requerem a utilização de tecnologias de informação e comunicação( TIC's).
   Sendo a escola um local que tem o grande desafio de democratizar o acesso a tais tecnologias, que favoreçam a inclusão digital, não poderia ser diferente o olhar do gestor das unidades educacionais em relação ao uso das novas tecnologias no ambiente escolar. Tal tarefa aparentemente nada fácil, nem do ponto de vista pedagógico, nem do ponto de vista administrativo, mostra que ainda há um espaço entre a compreensão da necessidade desse uso e a implementação efetiva dessas novas tecnologias na escola.
   A informática é um apoio educacional de grande relevância, apesar de sua implantação ser complexa, proporciona um apoio extremamente importante no processo de mudança social. A educação necessita de recursos que desperte o aluno a aprender, e o computador é um deles, porque além de ter aspectos visuais, sonoros, imagens com movimentos oferecem um vasto campo de pesquisa através da internet.
    Com a garantia da inserção das novas tecnologias dinamizamos o dia a dia escolar a medida em que pequenas ações vão se somando e produzindo uma escola mais funcional e prática, o que torna a gestão menos complexa.
    A dificuldade dos profissionais em geral em lidar com tais tecnologias, acaba passando a impressão negativa sobre seus usos, que ao contrário só trazem benefícios à escola, partindo do pressuposto que com o uso das TIC's ocorre a simplificação de tarefas que à primeira vistas seriam burocráticas. É preciso que o educador atribua sentido aos equipamentos em seu trabalho.
     É possível visualizarmos um lado inovador e transformador no uso das TIC's na educação, bem como a possibilidade de se viabilizar projetos, de forma diferente das utilizadas geralmente no âmbito escolar.
    Quando nos reposicionamos em relação ao uso das novas tecnologias, garantimos a inclusão digital e trabalhamos em busca de uma efetiva educação de qualidade, ao mesmo tempo que articulamos uma maneira de dialogar com a comunidade escolar de forma criativa e transparente.
    Garantir a inclusão digital apenas aos nossos alunos, não efetiva a prática da inclusão digital na gestão democrática , é relevante envolvermos a todos os atores, a toda comunidade escolar.
Cabe ao gestor o papel de criar e manter condições para o desenvolvimento deste trabalho, e assim com abertura da Sala do Acessa da escola ao uso dos alunos e professores, com o estabelecimento de parcerias estratégicas com a comunidade e a disponibilização de recursos tecnológicos aos professores e aos alunos , asseguramos Inserção das TIC's nos projetos pedagógicos da escola. Na realidade, enquanto não admitirmos a necessidade de a Educação inovar-se continuamente, estaremos distantes da Educação de qualidade e inclusiva que atenda às demandas sociais.
    O gestor não precisa ter um grande domínio da tecnologia para implementar essas ações e gerir esse plano, mas precisa ter sensibilidade para procurar na própria escola e na comunidade as pessoas que têm uma proximidade maior com essas tecnologias e delegar a elas as tarefas que requerem implementações práticas. Cabe ao gestor o papel de criar e manter condições para que essa equipe possa trabalhar com autonomia e disponibilidade de recursos, sendo o ingrediente fundamental para o sucesso desse projeto apenas a predisposição dos gestores ao uso das TICs.
    Mesmo disponibilizando o acesso a rede, com o uso dos computadores e e internet da escola, esbarramos na dificuldade que a falta de formação tecnológica traz, podendo gerar segregação invés de inclusão.

    Na verdade, as escolas não exploram , mas precisam explorar todo o potencial que a tecnologia oferece e  segundo Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida "É nesse contexto que surge a importância da formação não só para o professor mas também para os funcionários, para que a tecnologia não seja utilizada só em sala de aula, mas faça parte do coletivo." É preciso  atribuirmos sentido ao uso dos equipamentos em nosso trabalho.
   Por isso, é importante que a capacitação dos educadores e gestores para o uso da mídia se dê em conjunto com a comunidade escolar. Para Ismar, "não é com base na tecnologia que nasce o aprendizado, mas com uma gestão participativa do processo".
   Cientes da importância do uso da informática na sociedade atual, disponibilizamos os recursos necessários, trazendo desenvolvimento pessoal e social não só aos alunos, mas também a toda a comunidade que demonstrar interesse nas tecnologias.
   Em nossa escola, mesmo que de forma singela, estamos introduzindo a tecnologia no nosso dia-a-dia.
   A equipe gestora nos ATPCs, no planejamento, replanejamento, em algumas reuniões com pais, utilizam da multimídia para desenvolver seu trabalho. Além disso contamos com uma sala multimídia, com a sala do Acessa Escola disponíveis para uso dos professores , alunos  e comunidade. Estamos em fase de preparo de mais duas salas de multimídia, através do PROEMI.
   Na medida do possível, temos incentivado e oportunizado o uso das TICs em nosso ambiente escolar.

   Além de já termos criado um blog,  pensamos em produzir um site como um espaço de diálogo de toda a comunidade escolar, divulgando nele as reuniões e os eventos além do trabalho diário desenvolvido na escola, objetivando atrair a atenção dos pais e, com essa interação, permitir que os pais acompanhem a vida escolar dos alunos, reforçando o vínculo de parceria entre escola e comunidade, envolvendo.
 nesse processo, sendo esta uma meta estabelecida no PPP da Unidade Escolar.
    O fato é que não podemos mais ignorar  a importância da tecnologia no fazer pedagógico da escola. como diz José Manuel Moran: " As redes digitais possibilitam organizar o ensino e aprendizagem de forma ativa, dinâmica e variada, privilegiando a pesquisa, a interação e a personalização em múltiplos espaços e tempos presenciais e virtuais. Assim, a organização escolar precisa ser reinventada para que todos aprendam de modo mais humano, ativo, ético, integrando os aspectos individual e social os diversos ritmos, métodos e tecnologias, para ajudarmos a formar cidadãos plenos em todas as dimensões."
    Portanto, tanto gestores, quanto professores têm que assumir a responsabilidade de explorar a área tecno pedagógica de forma criativa, atrativa, eficaz e interessante no que diz respeito ao processo de construção do conhecimento, possibilitando ao aluno ocupar uma posição ativa, exercendo  o papel , também, de produtor e desenvolvedor de conteúdo, ultrapassando, muitas vezes, o ambiente da sala de aula.


CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR



              A Escola Estadual Dr. Antônio Furlan Júnior está jurisdicionada à Diretoria de Ensino da Região de Sertãozinho, ministra aulas do Ensino Fundamental Ciclo II, Ensino Médio regular e aulas do Ensino Médio Modalidade EJA, funcionando nos três períodos: manhã, tarde e noite.
A E.E. Dr Antônio Furlan Júnior está localizada em um bairro residencial com pequeno comércio (supermercado, açougue, farmácia, padaria, bares, Centro de Saúde, e diversas lojas). O bairro possui asfalto, água encanada, rede elétrica, esgoto, linha de transporte coletivo, enfim, uma estrutura completa.
 A clientela atual apresenta um nível socioeconômico de médio para baixo, ou seja, a classe social é média- baixa com alunos provenientes de vários pontos da cidade,
  A escola funciona em prédio construído pelo Governo do Estado de São Paulo.
 O trabalho docente prioriza os valores éticos para continuar assegurando a formação de hábitos e valores que favoreçam o convívio com as mudanças e diferenças, revelando para o aluno a importância do aprendizado reflexivo propiciando uma escola de qualidade para todos, que deve ser, antes de tudo, relevante, pertinente e equitativa assegurando, igualmente, sua permanência bem como a apropriação de uma cultura escolar que seja significativa para sua vida pessoal e social.
  A integração escola-família-comunidade dá-se, em âmbito de tomada de consciência, o que vem a ser um fator moroso do desenvolvimento desse processo, dando-se daí o porquê da continuidade a um trabalho esclarecedor e divulgador das mudanças político-pedagógicas. No processo educacional, é relevante a interação família – comunidade – escola para a formação do indivíduo apto a enfrentar os desafios que a sociedade impõe.
             A escola é, portanto formativa, reflexiva, transformadora, mobilizadora, dinâmica, versátil, centrada no aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a conviver, respeitando as diferenças individuais, por acreditar que desta forma a riqueza do processo pedagógico atinge sua complexidade na pessoa humana vista como um ser global.
 Hoje recebemos poucos alunos moradores do entorno da escola, pois ocorreu um envelhecimento da população vizinha, levando ao aumento do número de alunos vindos de bairros distantes a este local. Muitos  alunos chegam até a escola,  através do transporte escolar gratuito,  outros através de transportes escolares particulares ou nos veículos de seus pais e/ou responsáveis, outros chegam a pé. Esta situação cria certa dificuldade em fazer com que a comunidade ao redor da escola sinta um pertencimento a esta unidade escolar, o que tornaria o trabalho no interior da mesma mais eficaz sabendo que seus vizinhos a estão valorizando e zelando por ela.
            Mesmo longe de suas residências, contamos com a colaboração dos pais sempre que solicitada, demonstrando que estes ainda acreditam na eficiência da mesma e na garantia de um futuro melhor a seus filhos após o termino do Ensino Fundamental II e do Médio. Muitos pais carregam historicamente as lembranças da escola de suas infâncias, que eram geridas pelo medo, autoritarismo e exclusão. É nosso trabalho demonstrar como se deve aprender em um mundo aberto a questionamentos, novas didáticas, mediação pedagógica e inclusão de todos que buscarem uma oportunidade dentro dos muros desta instituição.
            Os educadores aqui presentes demonstram, em sua maioria, grande capacidade intelectual, buscam sempre novos cursos de capacitação pedagógica, enfrentam os desafios impostos pela nova geração de educandos que nos chega em meio ao advento do uso cotidiano das tecnologias, e esperam com seu trabalho contribuir para a criação dos cidadãos de um futuro bem próximo.
Um dos grandes desafios que os docentes enfrentam é o de despertar nos alunos o desejo pelo aprender, pelo buscar, pelo estudar. Em um mundo tão globalizado, com tantas redes sociais e facilidades tecnológicas, é difícil competir com um mundo onde a informação é transmitida para o mundo em frações de segundos, praticamente de forma simultânea. Sendo assim os educadores recorrem ao uso da tecnologia em favor da escola, mesmo incorporando-a como um instrumento de ensino. Porem, mesmo com esta alternativa, sabemos que nem todas as aulas poderão fazer uso de recursos tecnológicos e que certos aspectos da educação deverão ser ensinados com algum grau de tradicionalismo, dificultando assim o interesse das crianças e jovens educandos. Através de atualizações constantes em sua formação, os professores elaboram novos meios de despertar este desejo do aluno pelo aprender, tarefa esta interminável e sempre em mutação.
A Direção desta U.E. é exercida por gestores democráticos, que coletivamente buscam efetuar um trabalho eficaz. Exercem as funções burocráticas com observância da lei em vigor, com predominância da parte prático-pedagógica e buscando o envolvimento da comunidade nas ações desenvolvidas na escola, para colocar em prática no cotidiano das atividades escolares uma proposta educativa que seja o reflexo das necessidades da comunidade escolar e local, com autonomia pedagógica, administrativa e financeira da escola.
Os gestores exercem, ainda, liderança integradora, estabelecendo relações de cordialidade e cooperativismo com o corpo docente, discente, funcionários e pais, agindo com firmeza e segurança em suas decisões, com procedimentos de participação democrática que superam o autoritarismo, o individualismo e dispondo-se a ouvir todos. Tomando decisões abertas, compartilhadas, deixando bem claro o padrão de trabalho esperado de cada um. Procura superar privilégios econômicos e sociais e articular as dimensões técnica ou formal (instrumentos, métodos, técnicas) e política (condição imprescindível da participação). Envolvem fins, valores e conteúdos; exigem reflexão/definição e consolidação de uma cultura onde a busca da melhoria da qualidade e o sucesso do educando sejam metas prioritárias.
Requer o enfrentamento de todas as questões que excluem e marginalizam a criança, o jovem e o adulto, para assim construir um projeto comprometido com os interesses e anseios das camadas populares.
A coordenação desta U.E. é exercida com competência e práticas conscientes  de sua responsabilidade: mobiliza a equipe para realizar, em conjunto, as mudanças necessárias para um melhor desempenho da escola e, consequentemente, de seus alunos.
Acredita que o desenvolvimento da aprendizagem se faz na medida em que cada professor, com diferentes formas de atuar, dê a sua cota de trabalho, levando os alunos e mesmo os demais docentes a sentir que existe coesão de ideias e responsabilidades compartilhadas. Esta integração é necessária, pois objetivos comuns fazem todos percorrerem um só caminho; conteúdos escolares articulados impedem a fragmentação do ensino e promovem a aprendizagem significativa. Quando a equipe trabalha visando desenvolver valores e atitudes comuns, tem, certamente, maior impacto na formação do cidadão.
A coordenação pressupõe a ruptura entre concepção e execução, pensar e fazer, teoria e prática, ciência e cultura e essa superação pressupõe o controle do processo e do produto do trabalho pelos educadores. Articula a socialização do poder e seus pressupostos: a prática da participação coletiva, que elimina o individualismo; a reciprocidade, que exclui a exploração; a solidariedade, que supera a opressão e a autonomia, que anula a dependência. Requer a participação coletiva dos professores, funcionários, pais e alunos na construção, execução e avaliação, assegurando a transparência das decisões e legitimidade da participação na construção de instrumentos de gestão democrática.
O pessoal técnico-administrativo exerce um trabalho ainda em aprendizagem, as tarefas são exercidas com competência e responsabilidade e tem conseguido resultados positivos com relação à entrega das mesmas, tentando respeitar ao máximo os prazos dados pela Secretaria da Educação.
As relações de trabalho são baseadas em atitudes de solidariedade, reciprocidade, respeitando as individualidades e o diálogo. 
O Conselho de Escola, A.P.M. e Grêmio Estudantil têm sua participação na gestão colegiada desta U.E. com suas competências e atribuições divididas e executadas com seriedade.
A Escola conta com: 68 professores em seu quadro (sendo 02 afastados junto à Municipalização e 02 afastados para a função de Professor Coordenador), 01 readaptado junto à secretaria da U.E., 02 professoras da Sala de Leitura e 02 professoras mediadoras.
Todos assumem o compromisso com os resultados da organização do trabalho pedagógico, além de implantar as ações propostas pela pasta desta Secretaria. 
Com base nos resultados obtidos no IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) , percebemos um desempenho razoável, mostrando uma melhora  desempenho dos alunos. Sendo assim, utilizamos os relatórios pedagógicos do SARESP para mapear a defasagem na aprendizagem de cada habilidade de Matemática e de Língua Portuguesa, propondo uma recuperação intensiva e contínua aos nossos alunos, empenhando a equipe gestora, pedagógica e docente na melhoria da aprendizagem.
            Através do mapeamento da avaliação do SARESP, perceberemos junto aos nossos pares que toda avaliação é de cunho formativo, processual e cumulativo, servindo para replanejar as ações didáticas que serão aplicadas para sanar o problema de defasagem de aprendizado.
            Há ainda a indicação de um número  de alunos infreqüentes em nossa escola, fato este já sabido e combatido por nós; mas agora vamos priorizar estas ações em conjunto com o conselho tutelar e o juizado da infância e da juventude de nossa cidade.
            Em parceria junto ao município, incentivamos os pais e/ou responsáveis por nossos alunos em situação de risco a buscar ajuda na assistência social municipal através dos órgãos CREAS, CRAS e dos Programas Bolsa Família, Primeiro Emprego, Bolsa Cidadão, Área Azul, entre outros.
            Nas H.T.P.C. (Horas de Trabalho Pedagógico) é que nos reunimos em maior quantidade de docentes e professores coordenadores para juntos discutirmos os assuntos mais atuais que possam influenciar o processo de ensino e aprendizagem e melhorar o aprendizado de nossas crianças e jovens.
A avaliação nesta U.E. procura ser formativa, construtiva e diagnóstica, detectando a defasagem e procurando sanar as dificuldades levando o educando a refletir, a pensar, a pesquisar, a construir seu saber.

Os professores desta U.E. fazem sempre uso da práxis para analisar, aferir e tomar atitudes, sempre levando em conta o aluno como um ser com características individuais e desenvolvimento sócio-afetivo em crescimento.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Sala de Leitura um espaço interativo.

         Neste ano percebemos que a Sala de Leitura foi um espaço de total entrosamento dos alunos e professores, com múltiplas atividades culturais, projetos interdisciplinares, tornando este lugar atrativo, enriquecedor e atuante no cenário da leitura e da escrita.
           Tivemos um envolvimento, não só do corpo docente e dos alunos, mas da comunidade em si; assim nota-se a importância deste lugar para aprimorar e complementar o ensino-aprendizagem, além da sala de aula e que os alunos têm tanto prazer em frequentar.



                                                                           "Um País  se faz com homens e livros"
                                                                                                    Monteiro Lobato